O tempo passa,como um grande relógio,cujos ponteiros encontram-se bastante acelerados...
Ieda Neuza testemunha,escondida atrás da parede,na cozinha, quando Rosa coloca a terrível dioxina em pó(pensando,Ieda,tratar-se de um veneno mortal) no prato de comida de Isaura.Ela ouve Rosa confessar.
-Não é pra "matá" e sim pra "deixá" ela horrorosa!-balbucia,maligna.-"Êssi" veneno é pra "deixá" o rosto de Isaura deformado!-repete.-Só desse jeito ela satisfaz a grande inveja que eu sempre tive dela,me deixando "filiz di sua disgrassa"!...-revela,a invejosa.
Assim que ela retira-se da cozinha para chamar Isaura para almoçar,Ieda Neuza,mais do que depressa troca os pratos de barro.Pensando que tudo vai dar certo,é Rosa quem acaba provando do próprio veneno,o "pó deformador de faces".O efeito é rápido:ela desmaia e cinco minutos depois assiste o estrago que a tal substância quimicamente perniciosa provocou em seu rosto,em um espelho que a própria Ieda lhe entrega.
-Bem feito,"mardita"!Fui eu quem troquei "ús pratú"!Tú "quiria invenená" e "istragá" o rosto da Isaura,mas eu quem te envenenei,pra "aprendê" a não "fazê" mais "mardadis"!...-a revela,Ieda Neuza,tripudiando-a.
Rosa dá um grito furiosa,quebra o espelho,jogando-o contra a parede,pega uma faca,querendo enfiá-la em Ieda,que com um chicote a desarma,chibatando-a no braço.Isaura fica horrorizada.
-Como tua inveja é má,Rosa!Eu já a tinha perdoado e nem contentou-se em manter-se como uma escrava doméstica!Ainda queria prejudicar-me,mas eu lhe perdôo mil vezes,se assim o precisar!Porém com uma cobra não posso morar!Vá embora daqui!Já!-a expulsa, Isaura,junto a Álvaro,que acaba de chegar.
-Eu mi "vô" mesmo!Mas um dia eu hei de ver a "disgrassa" de todo mundo dessa casa!-roga praga.
-Eu não tenho medo!Praga nenhuma cairá em nossa tenda,pois 1.000 cairão à minha direita e dez mil à minha esquerda,e nós não seremos atingidos,nunca em nome de Deus,jamais,em nome também de vosso "Filho Nosso Senhor Jesus Cristo"!-rebate,fervorosa,Isaura,fazendo o "Sinal-da-Santa-Cruz",após ajoelhar-se e elevar as mãos aos "Céus".
-Isso,Isaura!A inveja dela está desconjurada e crucificada!-diz Ieda,agora com um crucifixo nas mãos,após pegá-lo da parede,onde estava pendurado.
-Agora Rosa,a feiúra da tua inveja mora na vossa própria face!Como é horrorosa!A vossa inveja e a dona dela!Agora companheiras para sempre!Só fez plantar o mal!Colheu o mal!Eis o resultado!...-completa sinhá Estér.
-Isso!A inveja é tão horrível quanto a vossa cara!Muito bem feito!Toma-te!-tripudía,sinhá Vera.
Assim Rosa vai embora,chorando de ódio,cobrindo o rosto monstruoso com um véu negro dado-lhe por Mãe Joana,mas antes dá meia-volta e ataca Isaura querendo estrangulá-la.Álvaro salva-lhe das garras da maléfica escrava,a amarra e a manda para a prisão.Assim termina horrível na cadeia.
Agora só é festejos.Pois todos,exceto os vilões,que foram duramente castigados,comemoram a felicidade coletiva em um grande baile na fazenda "Santa Genoveva",onde todos os escravos foram libertados e agora são remunerados pelo trabalho com carga horária de 6 horas por dia.Ao contrário quando eram escravos e eram obrigados a trabalhar 16 horas por dia na lavoura açúcareira.
E assim,portanto,na "Fazenda Santa Genoveva",que por presente de Álvaro,voltou a ser do Comendador Almeida e sinhá Estér,verifica-se a conclusão dos destinos das personagens,supra-citados abaixo:
Sinhá Vera aparece grávida do novo marido,o Conde Della Torre,de Portugal.Gozam de felicidade o casal.Virgi Santa,sua mucama especial,também está grávida do alforriado escravo André.Ganharam uma chácara rural da bondosa sinhá Vera.Seu Jocelino e Maria José aparecem com a recém-nascida,Eminha,que mama no peito da mãe.É a irmãzinha de Isaura.Henrique com a esposa,sinhá Altônia,a irmã bastarda de Leoncio.Ela também está gestante.A sua amiga,a portuguesa Adelaide também aparece grávida e casada com Von Giuseppe,um barão italiano do vinho.E claro,o pai e a madrasta de Álvaro,respectivamente,Ary e Iñes,que surge trazendo ao colo e amamentando o primeiro filho do marido,o pequeno Ernestito,o irmãozinho de Álvaro.Mãe Joana segura Eminha e o pequeno Tobias,e Ieda Neuza,Ernestito,enquanto a todos os casais dançam a "Valsa Vienense".
É outro dia.Isaura e Álvaro descem de uma carruagem.Ela com os olhos vendados por um lenço verde.Desvendando-lhe vossos olhos propicia-lhe a visão magnífica,deixando Isaura maravilhada.
-Minha Nossa Senhora das Belezas!Quão lindo meu amor!É um "Barco de Mármore"!...-revela o teor do presente,após suspirar diante de tanta beleza arquitetônica.
-Uma obra pequenissimamente faraônica,que eu mandei construír para ti,vós mercê,tú,você minha Isaura,amada idolatrada!-a diz,ofertando-a euforicamente romântico Álvaro,o "Barco de Mármore",literalmente erguido no "Jardim Vermelho Senhorita",de vossa "Casa-Grande",na Côrte.
Isaura agradece-o,com um forte abraço,até que para sua surpresa,Álvaro carregue-a nos braços,levando-a para cima do "Barco de Mármore" e neste Isaura tampar-lhe delicadamente os lábios do amado,com uma das mãos,quando ambos irião falar juntos,bloqueiando-o para então pronunciá-lo estas lindas e inspiradas palavras,belissimamente mencionadas abaixo:
-Amar é perdoar,se inspirar e mergulhar na alma do outro,sob a mais profunda simplicidade!-revela-o,sob a mais linda confissão,fixamente ao seu olhar.
-Eu te amo!-confessam-se ao mesmo tempo,quando Isaura tira a mão dos lábios do amado,finalizando esta história com um belíssimo beijo e bastante poético,selando-a com um tradicional final feliz.
"FIM"
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